Sobre o livro: 2019 / Um caderno foi encontrado no armário. Uma mulher com mais de 40 anos reconheceu sua caligrafia. Ela realmente não gostava do computador, ela escrevia à moda antiga - à mão. Tive vontade de jogar fora, mas no caminho para a lixeira abri ao acaso. Mergulhei em uma história antiga. Fiquei sentado perto da lata de lixo até ler tudo até o fim. E depois de terminar de ler, mudei de ideia sobre jogá-lo fora. Ela me deu, conhecendo minha escrita amadora: “Talvez isso sirva? A história é banal, uma viagem de negócios.” Gostei do texto pela sua ingenuidade. Em geral, considero a ingenuidade uma manifestação da mente, não obscurecida pela experiência. O diário é um péssimo contador de histórias. Tudo nele está adaptado aos seus desejos: irritar, agradar, ter pena, culpar... Mas será que existe realmente outra visão do mundo além da sua? Vou contar essa história como a entendi, folheando o caderno para que na minha cabeça fique o retrato daquela a quem pertence o diário: uma mulher, bonita, mas não por muito tempo. Daqueles que dizem: “Eu não fiz nada comigo mesmo”, esbarrando em elogios. E ele os pega. Inclusive daqueles que pensam: “É óbvio”. Em suma, um romance ingênuo escrito por uma mulher comum em viagem de negócios...